Kan'no Sugako
Kan'no Sugako (管野須賀子, 07/06/1881-25/01/1911) foi uma ativista anarquista e da causa feminina japonesa. Também assinava e era conhecida como Kan'no Suga (管野スガ). Nasceu em Osaka como irmã mais velha em uma família com relativa segurança financeira. Após terminar o ensino básico vai para Tóquio, aos dezessete anos, almejando se tornar assistente de parteira e ganhar sua autonomia. Aos 21 anos é contratada como escritora do Ôsaka Chôhô. Escreveu alguns textos sobre temas como a prostituição, a condição precária das mulheres que trabalhavam em fábricas, sobre os diretos humanos e os direitos das mulheres neste jornal e foi uma das primeiras mulheres jornalistas do Japão moderno. Em 1905 é contratada como jornalista no Muro Shinpô. Em 1908 Kan'no, Arahata Kanson (1887-1981), e Sakai Toshihiko (1871-1933), entre outros ativista, foram presos pelo que ficou conhecido como Incidente de Bandeira Vermelha. Em 1909, aos 28 anos, começa a editar a revista Jiyû Shisô junto a Kôtoku Shûsui (1871-1911) com quem passou a ter um relacionamento afetivo.
Em 1910 é detida sob a acusação de crime de alta traição e é presa em maio, junto a mais 25 pessoas, por supostamente ter planejado o assassinato do imperador através de um atentado a bomba. No início de 1911 o veredicto e as penas são anunciados. Dois entre os 26 acusados receberam somente alguns anos de prisão. Todos os outros 24 acusados foram condenados à morte. No entanto doze destes receberam indulto imperial e tiveram a pena comutada a prisão perpétua. Onze dos doze condenados restantes, entre eles Kôtoku, foram executados no dia 24 de janeiro do mesmo ano. Kan'no Sugako, aos 29 anos, foi executada por meio de garrote pelo estado japonês na manhã do dia seguinte, 25 de janeiro.